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A Origem do Planeta Terra

sábado, 10 de setembro de 2016

PARÓQUIA N. S. DO PERPÉTUO SOCORRO


                                                                                                                                      ...........................APRESENTAÇÃO


Caríssimos irmãos e irmãs, paroquianos devotos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o clima de religiosidade e fé se espalham em cada lar, nas ruas e na cidade por inteira. É a Mãe de Deus e nossa, que proporciona pra nós este momento sublime de encontro com "Deus que eleva os humildes e sacia de bens os famintos". Sim, Maria nos leva a Cristo. Por isso dizemos tudo com Cristo e nada sem Maria. Como dizia São João da Cruz: "Como não amar aquela a quem nosso Senhor amou tanto!". E a Mãe do Perpétuo Socorro nos valerá para que sejamos fiéis a este compromisso de mostrar ao mundo a face de Cristo, caminho, verdade e vida. Uma boa festa para todos. Sintam-se todos abraçados e acolhidos.


Pe. Valterlânio Leite Dias

HISTÓRIA DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
Rua Divino Salvador,75  Bairro Capitão Rocha Andrade - Igreja
Mombaça-Ceará
CEP: 63610-000

 RELATOS DA DOAÇÃO DO TERRENO

Primeiramente, vamos iniciar, exteriorizando  a nossa  alegria  ao Pe. Valterlânio Leite Dias pela sua iniciativa em ter convidado a família de Raimundo Rocha Andrade e Maria Umbelina de Andrade Rocha, para compartilhar do importante ato solene, de conteúdo histórico-religioso, na oficialização e benção inaugural da nova paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ora se concretizando em uma  missa, cuja sede escolhida, foi exatamente a Igreja, construída em área doada pela Sra. Maria Umbelina de Andrade Rocha, pessoa que em vida, sempre esteve presente aos movimentos da Igreja, integrada ao grupo nominado de Mãe Cristã, e, depois, Apostolado da Oração, sendo referenciada por todos mombacenses que a conheciam, como Dona Umbelina.
Julgo importante observar que o presente conteúdo é uma tentativa em descrever a doação do terreno da nova Capela de N.S.P. Socorro, tendo como referência documental Ata extraída dos arquivos da diocese. A outra fonte foi da família, que enriquece com o registro de informação documental, permitindo fazer uso metodológico do resgate da narrativa memorial, porém de fontes seguras, mostrando as razões da matriarca por ter doado o terreno para construção da Capela de N. S. Perpétuo Socorro, qual o significado educacional, social, cultural e econômico deste gesto para a dignificação da cidadania dos mombacenses e sua influência na formação intelectual e profissional de todos.

ELEMENTOS HISTÓRICOS

A antiga Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, foi construída na década 1930, no Alto São José, hoje, à rua Capitão Rocha Andrade, através de campanhas, tendo à frente o padre Pedro Leão Paes de Andrade e a Sra. Anésia Castelo Meireles, esposa do farmacêutico Antônio Meireles.
Quando a Capelinha foi demolida, ficou um vácuo na memória de todos.
Foi feito um  pedido de doação de um terreno para uma nova Capela,  pelo Dom. José Doth, (que na época era o pároco local), à Sra. Maria Umbelina de Andrade Rocha, sendo atendido prontamente, explicado devido a antiga capela “conter rachaduras nas paredes, não compensando a realização de gastos com sua restauração, por considerá-la desprovida de arte na apresentação interna e externa”, decidindo o Conselho Paroquial em demoli-la e iniciar a construção de um novo templo, segundo o descrito na ata de lançamento da pedra fundamental do novo Templo, realizado em 12 de outubro de 1973.
Assim com muita determinação do Dom José Doth e a Sra. Maria Umbelina de Andrade Rocha e a comunidade local, foi dado início a construção da nova capela de  N.S. Perpétuo Socorro.

CONTRIBUIÇÃO RELIGIOSA  DA
CONGREGAÇÃO  MADRE  PAULINA

Depois de erguida, a capelinha como era chamada,  passou a ter missas, encontros e eventos religiosos, sob a coordenação da Paróquia de Nossa Senhora da Glória. No período de 1978 até meados de 1985 ( Obs.:Datas estimadas por populares que faziam parte do crescimento. espiritual da capela,)  as dependências da  capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, serviu de residência para as  missionárias;
Madre Raimunda/ Irmã Iêda/ Irmã Martinha/ Irmã Fátima/ Irmã Irene/ Irmã Regina/ Irmã Eliene/ Irmã Marilak, ambas da CONGREGAÇÃO MADRE PAULINA, que desenvolveram um brilhante trabalho com a comunidade daquele bairro..

CONTRIBUIÇÃO CATÓLICA DA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA
  
Por fim, para encerrar, consta na abertura da Ata de lançamento da pedra fundamental desta Capela, a descrição do local onde estava se demarcando sua área, nominando-a de Colina “ROCHA ANDRADE”. Diante desta manifestação natural de legitimação constando em documento de sua importância, entende a família que, com a nova paróquia, a Igreja de N. S. Perpétuo Socorro precisa ter a nominação de um bairro próprio, assim como estar denominado  Bairro CAPITÃO ROCHA ANDRADE.
      
DIOCESE DE IGUATU
Decreto n° 018
Provisão de Pároco para a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Aos 31 de Julho de 2011, O padre Valterlânio Leite Dias, foi nomeado Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, por tempo indeterminado “ ad normam iuris”, O Pároco é o pastor próprio e a ele foi confiada a missão de exercer o cuidado pastoral as comunidade que lhe foi entregue, sob a autoridade do Bispo Diocesano Dom João José Costa.

5 Anos Sacerdócio Padre Valter


FRANCISCO DE ASSIS SOARES ( Professor Diassis )


"Ao levar ao público mombacense a exposição abordando a trajetória do saudoso Prof. Francisco de Assis Soares, o Centro Cultural Canta Passarinho resgatou um personagem marcante da vida sócio-cultural mombacense e que merece ser enaltecido para que seu legado não caia no esquecimento e nos desvãos da história.”

(Fernando Antonio Lima Cruz, em depoimento ao "Asas da Liberdade", Boletim Informativo da Associação Canta Passarinho, Abril/Maio/Junho de 2016)
               Fotografia: Acervo da Sociedade e Escolas Reunidas Cristo Rei.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

HISTÓRICO DAS MOEDAS E CÉDULAS NO BRASIL DE 1.500 A 2016


RELÍQUIAS  ORIGINAIS 

Durante o período colonial, as atividades comerciais eram baseadas principalmente no sistema de troca, ou escambo.

Durante o período colonial, as atividades comerciais eram baseadas principalmente no sistema de troca, ou escambo.

Moeda do Brasil, cunhada em 1695 - reinado de D. Pedro II de Portugal - onde aparece representada a esfera armilar assente sobre a cruz da Ordem de Cristo
Com o início da ocupação das terras brasileiras, a circulação de moedas aumentou. Além das moedas portuguesas, circulavam moedas de diversos países, trazidas pelos colonizadores, invasores, comerciantes e piratas.
Moeda de cobre cunhada em Lisboa, utilizada no Brasil e Angola. Imagem extraída do livro "A moeda no Brasil: na coleção do Centro Cultural do Brasil".

As moedas portuguesas, cunhadas em ouro, prata e cobre, eram provenientes de diversos reinados. Por essa razão, recebiam vários nomes como: Português, Cruzado, São Vicente, Tostão e Vintém. O sistema monetário era o real. Os valores eram estabelecidos em réis.Em 1580, com a União Ibérica, que anexava Portugal à Espanha, houve crescente aumento da circulação de moedas de prata espanholas, denominadas reales. Os reales tinham como principal origem o Peru, em razão do comércio realizado por meio do Rio Prata.

Após a restauração da independência de Portugal, em 1640, ocorreram sucessivas alterações no padrão monetário. As moedas tiveram seu peso reduzido e valor ampliado. Em alguns casos, novas moedas foram fabricadas, ou alteradas por meio do “carimbo coroado”. Mas houve, também, aumento do valor monetário sem alteração das moedas. 
RELÍQUIAS  ORIGINAIS 
Mais de um século depois de existência da colônia brasileira, o sistema monetário continuava insuficiente. A quantidade de moedas em circulação não atendia as demandas locais. Assim, outras mercadorias como açúcar, algodão, fumo, ferro, cacau, cravo, couro e aguardente eram utilizados como forma de pagamento. O zimbro, concha encontrada nas praias brasileiras era a forma de troca entre os escravos. A concha circulou, também, no Congo e na Angola.Em 1614, o Governador do Rio de Janeiro, Constantino Menelau, estabeleceu o açúcar como moeda legal, obrigando a aceitação do produto como forma de pagamento pelos comerciantes. No Maranhão, a principal moeda era o algodão, legalmente estabelecida, em 1712.
A primeira cunhagem de moedas em território brasileiro foi feita pelos holandeses, em Pernambuco, de forma bastante rudimentar.

À esquerda, moeda de prata, popularmente chamada de "Patacão" por equivaler a três patacas de 320 réis. À direita, moeda de cobre conhecida como "Macuta", cunhada na Casa da Moeda do Rio de Janeiro para circular em Moçambique e São Tomé e Príncipe, colônias Portuguesas na África. Imagem extraída do livro "A moeda no Brasil: na coleção do Centro Cultural do Brasil".


Entre 1695 e 1698, foram cunhadas moedas de ouro, de uso exclusivo da Colônia, nos valores de 4.000, 2.000 e 1.000 réis. E moedas de prata, nos valores de 640, 320, 160, 80, 40 e 20 réis. A moeda de 320 réis ficou conhecida como "pataca".

Ciclo do ouro

O período do reinado de Dom João V, entre 1706 e 1750, foi reconhecido pelo aumento da produção de ouro no Brasil. A exploração do ouro era tamanha, que funcionaram três casas da moeda simultaneamente. As moedas eram produzidas também para Portugal, e por isso, eram idênticas às do reino português.

Moedas de ouro de 6.400 e 4.000 réis de série especial, em comemoração à derrocada de Napoleão. Imagem extraída do livro "A moeda no Brasil: na coleção do Centro Cultural do Brasil".

 
RELÍQUIAS  ORIGINAL

Mas após a queda do império de Napoleão, todas as moedas, metais e jóias foram resgatadas por Dom João VI, pouco antes de seu retorno à Portugal, em 1821.
Há 200 anos, o mundo passava por grandes transformações. O fim da Revolução Francesa, alterou o quadro político-social da França, iniciando a Idade Contemporânea. Napoleão, imperador da França, iniciava uma expansão territorial por todo o continente europeu.
Naquele período, Portugal estava sob muitas pressões. De um lado, os franceses ameaçavam invadir o território daquele país, caso não cumprissem com a determinação do Bloqueio Continental contra os ingleses. Do outro, a interrupção do comércio com a Inglaterra resultaria no colapso da economia portuguesa e represálias dos ingleses.
A invasão francesa era iminente. As tropas francesas comandadas por Jean-Andoche Junot já estavam se aproximando de Lisboa quando D. João e a Corte portuguesa bateram em retirada rumo ao Brasil. O dia era chuvoso e frio. Uma multidão de lisboetas acompanhou o carregamento da gigantesca carga da família real, que chegou ao País em 22 de janeiro de 1808. A esquadra portuguesa veio protegida pela marinha de guerra inglesa. Trazia entre 10 mil e 15 mil pessoas: fidalgos, funcionários públicos, militares e eclesiásticos, além da Rainha D. Maria I e do Príncipe-Regente D. João, com sua esposa, D. Carlota Joaquina, seus filhos, D. Pedro, então com nove anos de idade, D. Miguel e as cinco princesas.
Na fuga, trouxeram a metade do dinheiro circulante no Reino, algo como 22 milhões de libras, o que é um montante elevado mesmo para padrões atuais. D. Maria I havia sido declarada louca, razão pela qual D. João era o Príncipe-Regente – ele passaria a ser D. João VI após a morte da mãe. A chegada repentina dessa leva ao Rio de Janeiro, com cerca de 50 mil habitantes, criou problemas de todo tipo. Estima-se que rapidamente a cidade dobrou de tamanho.
O Brasil teve avanços importantes com a vinda da família real. Houve a abertura dos portos à “nações amigas”, a rigor, uma atitude pragmática de legalização do imenso contrabando que havia entre a colônia e a Inglaterra, com a conseqüente arrecadação de impostos. O País deixou de ser vice-reino e passou a ser a sede da monarquia luso-brasileira. O Rio de Janeiro transformou-se em Corte e recebeu em curto período de tempo várias melhorias: Jardim Botânico, Biblioteca, tipografia, seu primeiro jornal, uma companhia de seguros, uma fábrica de pólvora e a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.
Devido à queda na produção de ouro e ao crescimento dos gastos com a implantação da administração no Rio de Janeiro, a quantidade de moedas em circulação tornou-se insuficiente. Assim, em 1808, D. João VI criou o Banco do Brasil, o primeiro banco da América do Sul e o quarto do mundo.
A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, em 1815, foi comemorada com a cunhagem de uma série especial de moedas. As peças em ouro, prata e cobre traziam gravada a legenda “Joannes. D. G. Port. Brás. Et. Alg. P. Reg.” – “João, por graça de Deus, Príncipe Regente de Portugal, Brasil e Algarves’.

Linda moeda de prata Brasil 200 Réis 1860, MBC, II Padão, 1º Tipo, mede 33 mm, pesa 20 g, prata 900
                                                                  RELÍQUIAS  ORIGINAIS 
 
RELÍQUIAS  ORIGINAIS
 RELÍQUIAS  ORIGINAIS 

RELÍQUIAS  ORIGINAI

 RELÍQUIAS  ORIGINAIS 


Moeda de XX réis, cunhada em: 1821.
Anverso: JOANNES.VI.D.G.PORT.BRAS.ET.ALG.REX.1821.R.
Reverso: PECUNIA.TOTUM CIRCUMIT.ORBEM. Imagem extraída do livro "A moeda no Brasil: na coleção do Centro Cultural do Brasil".

RELÍQUIAS  ORIGINAIS

RELÍQUIAS  ORIGINAIS

      





Moeda de D. João VI, com as Armas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Imagem extraída do livro "A moeda no Brasil: na coleção do Centro Cultural do 
Brasil". 
                    
                         Primeiras moedas do Brasil Independente


Logo após a Independência, as moedas mantiveram o mesmo padrão das moedas do período colonial, sofrendo pequenas alterações para se adequar à nova situação política. Nas moedas de ouro e prata, as Armas de Portugal foram substituídas pelas do Império e acrescentou-se a frase “In hoc signo vinces” – “Com este sinal vencerás”.


Moeda do Brasil Independente: In hoc signo vinces. Imagem extraída do livro
 "A moeda no Brasil: na coleção do Centro Cultural do Brasil".
RELÍQUIA ORIGINAL

RELÍQUIA ORIGINAL















                    


   Moedas de D. Pedro II

As moedas cunhadas durante os quase 60 anos do reinado de D. Pedro II mostram o imperador em diferentes fases de sua vida; na infância, na idade adulta e na velhice. A efígie de D. Pedro II foi a mais representada no dinheiro brasileiro.



RELÍQUIA ORIGINAL

RELÍQUIA ORIGINAL













                                                               1837
D. Pedro II aos 14 anos




Moeda de 40 réis de 1879. Anverso: PETRUS II D.G.C.IMP.ET PERP.BRAS.DEF.Ü1879Ü (Pedro II, Imperador do Brasil, data 1879) Reverso: 40 Rs (40 Réis) . Imagem extraída 
 do livro "A moeda no Brasil: na coleção do Centro Cultural do Brasil".

RELÍQUIA ORIGINAL


 RELÍQUIA ORIGINAL 

Primeiras cédulas

Para uniformizar as cédulas em circulação e acabar com as falsificações, em 1835 as antigas notas do extinto Banco do Brasil e as cédulas para o troco do cobre foram substituídas por cédulas do Tesouro Nacional, fabricadas por Perkins, Bacon & Petch (Inglaterra). Essas cédulas possuíam certas características que dificultavam a falsificação. Foi a primeira vez que o Tesouro Nacional assumiu o monopólio das emissões.
Com o aumento da população e o alto custo dos metais preciosos utilizados na fabricação de moedas, as cédulas tornaram-se cada vez mais necessárias no decorrer do século XIX. Como a extensão do território brasileiro dificultava a distribuição de cédulas, entre 1836 e 1854, o governo autorizou bancos particulares a emitirem juntamente com o Tesouro Nacional.
O segundo Banco do Brasil



O segundo Banco do Brasil, criado pelo Visconde de Mauá, formado pela fusão do antigo Banco do Brasil com o Banco Comercial do Rio de Janeiro, iniciou suas atividades em 1854, na condição de único emissor. Em 1857, para atender às exigências do crescimento econômico, foi autorizada a constituição de novos bancos emissores. O Banco do Brasil voltou a assumir a responsabilidade pelas emissões durante alguns períodos entre 1862 e 1930, quando emitiu papel-moeda pela última vez.
Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel.


Primeiras moedas da República



Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922, devido ao alto custo do metal.
Em 1896, o Tesouro Nacional passou a ser o único responsável pela emissão das cédulas e substituiu todas por cédulas do Tesouro. Em 1964, a função foi designada ao Banco Central.
Por ocasião do 4º Centenário do Descobrimento do Brasil, em 1900, foi lançada a primeira série de moedas comemorativas da República. A série era composta de moedas de prata nos valores de 400, 1.000, 2.000 e 4.000 réis.
 


Moeda comemorativa do Descobrimento do Brasil, 4.000 Réis. Imagem extraída do livro "A moeda no Brasil: na coleção do Centro Cultural do Brasil".


O tostão


Em 1918 e 1935, com a finalidade de facilitar o troco, foi cunhada uma nova série de moedas em cuproníquel que substituíram cédulas de valores pequenos e moedas antigas. A moeda de 100 réis, dessa série, ficou conhecida como tostão.Moeda de 100 Réis, o "tostão". Imagem extraída da internet.



O antigo Real (Réis) circulou no Brasil até 1942, quando, através do Decreto-Lei nº 4.791, de 05/10/42 foi implantado o Cruzeiro (Cr$) com a paridade de 1.000 réis = 1,00 cruzeiro.



















                                                                 RELÍQUIA ORIGINAL 

Existe uma variação muito grande das cédulas do Cruzeiro antigo, pois essa moeda vigorou muito tempo. As que estão abaixo são as primeiras.


Imagem extraída do sítio eletrônico do Banco Central.
 RELÍQUIA ORIGINAL 
 RELÍQUIA ORIGINAL 
 RELÍQUIA ORIGINAL 

Por causa da inflação gerada durante a 2ª Guerra, no ano de 1942, o Real (Réis) vira Cruzeiro e 3 últimos zeros são cortados. Em 1 de Novembro de 1942, foi introduzido pela primeira vez, cuja denominação se baseava na constelação do Cruzeiro do Sul, escolhido como símbolo da pátria.
Em 1964 a fração centesimal do Cr$, denominada centavo foi extinta pela Lei 4.511 de 01/12/64. Em 13 de fevereiro de 1967, o Cruzeiro foi substituído pelo padrão transitório Cruzeiro Novo (NCr$) por conta do aumento da inflação.


Cruzeiro Novo

Com a inflação, o poder de compra do Cruzeiro foi corroído, mais 3 zeros finais são cortados. Em 1967 com base do Decreto-Lei nº 1 de 13/11/65 e Resolução do Banco Central nº 47, de 13/02/67 foi criado o Cruzeiro Novo (NCr$) com a paridade de 1.000 cruzeiros = 1,00 cruzeiro novo.
O cruzeiro novo (NCr$) foi uma moeda do Brasil que circulou transitoriamente no Brasil no período entre 13 de fevereiro de 1967 e 14 de maio de 1970.
Se trata de um padrão que foi criado em virtude da perda de valor doCruzeiro, moeda que estava em vigor desde 1942 e que sofreu enorme depreciação por conta do aumento da inflação ocorrido por conta da instabilidade política e das contas públicas em descontrole.
Em virtude disso, foi preparada uma reforma monetária, na qual a nova moeda recebeu o nome de Cruzeiro Novo, para se evitar que houvesse confusão de valores entre as cédulas que seriam preparadas para o novo padrão com as do padrão então existente.
Um Cruzeiro novo era o equivalente a mil cruzeiros do padrão então circulante, sendo que as cédulas remanescentes do padrão antigo foram carimbadas com valores entre 1 centavo e 10 Cruzeiros novos.



Cédula de 500 Cruzados. Imagem extraída da internet.

O nome foi inspirado no de uma antiga moeda portuguesa de ouro, que tinha o valor aproximado de 400 réis e que circulou nos tempos em que o Brasil ainda era uma colônia de Portugal.
A partir de meados da década de 1970, houve um intenso processo inflacionário que atingiu o seu cume no início dos anos 1980, sendo que este desajuste acabou prevalecendo durante a curta existência do Cruzado, contribuindo para que a década de 1980 ficasse conhecida no Brasil como a "Década Perdida".
1 cruzado equivalia a 1.000 cruzeiros (novos). Foi marcante pela volta dos "centavos" como subdivisão da moeda, visto que tinham sido abolidos em 1984, devido a desvalorização do cruzeiro.

Cruzado Novo

O cruzado novo (NCz$) foi a moeda brasileira de 16 de janeiro de 1989 a 15 de março de 1990. Foi conseqüência da reforma monetária promovida peloPlano Verão, instituído pelo ministro Maílson da Nóbrega, em 1989, através da Medida provisória nº 32, de 15/01/89, convertida na Lei nº 7.730, de 31/01/89 foi criado o Cruzado Novo (NCz$) com a paridade de 1.000 cruzados = 1,00 cruzado novo. O cruzado novo correspondia a mil cruzados, ou seja houve um corte de três zeros na data de 16 de janeiro de 1989.





Cédulas do Cruzado Novo, foram utilizadas as mesmas cédulas do Cruzado,porém com o carimbo do novo valor. Imagem extraída da internet.

Cruzeiro

Em março/90, O Presidente Collor bloqueia as aplicações financeiras e a moeda volta a ser o Cruzeiro. Em 1990 com base na Medida provisória nº 168 de 15/03/90, convertida na Lei nº 8.024 de 12/04/90 foi criado o Cruzeiro (Cr$) com a paridade de 1,00 cruzado novo = 1,00 cruzeiro. O Cruzeiro (BRE), foi o padrão criado por conta do Plano Collor, sendo que a renomeação da moeda então existente se deu pelo motivo de tentar evitar problema semelhante ao ocorrido quando do Plano Bresser, no qual ações judiciais pediam reparação por perdas na moeda então existente. As primeiras cédulas deste padrão foram cédulas do padrão Cruzado Novo que receberam um carimbo retangular com o valor no novo padrão, além de uma cédula emergencial no valor de 5.000 cruzeiros (Estampa B), cujo anverso mostrava a efige simbólica da República e o reverso as Armas da República. Ainda em 1990, foram emitidas cédulas no novo padrão, com os valores de 100, 200, 500, 1.000 e a cédula permanente de 5.000 cruzeiros, cujo anverso era representado pela figura de Carlos Gomes e o reverso tinha o piano que pertenceu ao maestro.

Cédula de 5.000 Cruzeiros. Imagem extraída da coleção da Profª Tathy.

Além disso, as cédulas do padrão cruzado remanescentes em circulação perderam o valor no correr deste mesmo ano.
Em 1991, por conta da alta inflação, foram lançadas as cédulas nos valores de 10.000 e de 50.000 cruzeiros, sendo que no ano seguinte por ocasião da Eco 92, foi lançada a nota de 100.000 cruzeiros, sendo que as notas nos valores de 50 e 100 cruzeiros (cédulas em geral com a denominação de "cruzados novos" presentes nas notas) perderam o valor, sendo substituídas por moedas que tiveram vida curta em circulação.
Em 1993, foram lançadas as notas de 500.000, 1.000.000 e 5.000.000 de cruzeiros, as últimas cédulas deste padrão, que tiveram, em agosto do mesmo ano, cortados 3 zeros em função da troca de moedas para Cruzeiro Real.
Cruzeiro Real

O cruzeiro real (CR$) foi o padrão monetário no Brasil entre 1 de agosto de 1993 a 30 de junho de 1994.

As altas taxas de inflação que marcaram o ano de 1993 levaram o governo Itamar Franco a editar a medida provisória que criou o cruzeiro real, equivalente a mil cruzeiros. Em agosto/93, a moeda fica sem 3 zeros novamente e vira Cruzeiro Real.

Cédula de 5.000 Cruzeiros Reais. Imagem extraída da internet.

Nos 11 meses de sua existência, o cruzeiro real acumulou uma inflação de 3700% Em 1993 com base na Medida Provisória nº 336, de 28/07/93, convertida na Lei nº 8.697 de 27/08/93, e Resolução do Banco Central nº 2.010 de 28/07/93 foi criado o Cruzeiro real (CR$) com a paridade de 1.000,00 cruzeiros = 1,00 cruzeiro real.
Não foram emitidas moedas com valores em centavos nesta moeda, sendo que se consideravam como centavos as cédulas e moedas do padrão anterior na razão de 10 "cruzeiros" por centavo.

Cédulas de Cruzeiro Real, Elas receberam apenas o carimbo certificando o navo valor. Imagem extraída da internet.

Real

O Real é a moeda corrente no Brasil. Após sucessivas trocas monetárias (réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo, novamente cruzeiro e cruzeiro real), o Brasil adotou o real em 1994, que, aliado à drástica queda das taxas de inflação, constituiu uma moeda estável para o país. Foi implantado no mandato do presidente Itamar Franco, sob o comando do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, depois eleito presidente da República. Assim, em julho/94, o Presidente Itamar Franco cria o Real, cujo plural é Reais. Antes que entrasse em circulação, passou a vigorar uma unidade de conta, não de troca, chamada URV - Unidade Real de Valor, com variação diária. A economia era estimulada a usá-la como referência. Quando a URV chegou a 2750 cruzeiros reais, a nova moeda, REAL, entrou em vigor. Em 1994 com base nas Leis nºs 8.880, de 25/05/94, e 9.069, de 29/06/95 foi criado o Real (R$) com a paridade de 2.750,00 cruzeiros reais = 1,00 real.

Essas são as moedas em vigor atualmente no Brasil. Imagem extraída da internet.

Histórico das Moedas no Brasil (Resumo):

Real (plural: Réis) - de 1500 a 8.out.1834
Mil Réis - de 8.out.1834 a 1.nov.1942
Conto de Réis (equivalente a um milhão de réis)
Cruzeiro - de 1.nov.1942 a 13.fev.1967
Cruzeiro Novo - de 13.fev.1967 a 15.mai.1970
Cruzeiro - de 15.mai.1970 a 28.fev.1986
Cruzado - de 28.fev.1986 a 15.jan.1989
Cruzado novo - de 15.jan.1989 a 15.mar.1990
Cruzeiro - de 15.mar.1990 a 1.ago.1993
Cruzeiro Real - de 1.ago.1993 a 1.jul.1994
Real (plural: Reais) - de 1.jul.1994 até atualmente
Curiosidade:

1 Real equivaleria a 2.750.000.000.000.000.000.000 Réis do início da República.

1 Real equivaleria à 2.750.000.000.000.000 Cruzeiros do período de 42 (final do governo de Getulio Vargas até 67 (Governo Militar).

1 Real equivaleria à 2.750.000.000 Cruzados (período da redemocratização, Governo Sarney – 86 a 89)

É claro que não basta converter quantias expressas em antigas unidades monetárias para a moeda vigente, tal quantia deve ser corrigida por um índice de preços apropriado para que a paridade do poder de compra da moeda seja mantida.